"E tuas olheiras de um verde profundo diziam muito sobre o mar em que seus olhos se afogaram". Essa é, para mim, uma das frases mais marcantes do livro "O dia em que a morte morreu de confusão", de Fernanda Matzenbacher. A obra de estréia da escritora tem personagens bem curiosos, como a jovem que carrega uma cangalha anexada ao corpo e pessoas que acabaram de morrer e ainda não tiveram nenhum "destino" pós morte. Sabe quando estamos pensando em um assunto e, em cinco segundos, criamos diversas versões, hipóteses, possibilidades? Assim me senti ao ler os intensos diálogos, que exigem bastante atenção do leitor. Uma boa leitura para uma quarentena; uma boa estréia Fernanda.