{"id":111,"date":"2018-01-21T13:31:01","date_gmt":"2018-01-21T13:31:01","guid":{"rendered":"https:\/\/atinaliteratura.com.br\/?page_id=111"},"modified":"2018-05-17T12:25:38","modified_gmt":"2018-05-17T14:25:38","slug":"poesias","status":"publish","type":"page","link":"https:\/\/atinaliteratura.com.br\/poesias\/","title":{"rendered":"POESIAS"},"content":{"rendered":"\t\t
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Vai a tarde<\/p>

Sozinho converso<\/p>

Ou\u00e7o a \u00e1gua, quero chuva<\/p>

Vou ao po\u00e7o<\/p>

E de l\u00e1 sai cristalina<\/p>

E o meu interlocutor que chora<\/p>

Porque ele \u00e9 fundo<\/p>

Caminho s\u00f3 pelas fabulas<\/p>

Que me contaram<\/p>

Pelos sonhos que constru\u00ed delas<\/p>

Caminho s\u00f3 porque para ti as palavras dizem outras coisas<\/p>

N\u00e3o tem vern\u00e1culo esse amor<\/p>

O Amor se sente s\u00f3<\/p>

Para que falar?<\/p>

Para negar a sorte de decidir s\u00f3, de sentir hoje<\/p>

Sem o amanh\u00e3 desvelado,<\/p>

E desmascarado enfim<\/p>

Que o vern\u00e1culo se torna dialeto em mim<\/p>

O dialeto da solid\u00e3o<\/p>

Por isso decido s\u00f3<\/p>

Com o aval da imperman\u00eancia,<\/p>

Ilus\u00e3o querida \u00e9 que a aceito<\/p>

E fujo da tradu\u00e7\u00e3o<\/p>

E aceito viver s\u00f3 com o sonho da hora<\/p>

em que a sem\u00e2ntica se encontra,<\/p>

E gozo como se essa hora fosse sempre<\/p>

Amor \u00e9 um caminho solit\u00e1rio<\/p>

Ainda quando se \u00e9 correspondido<\/p>

Al\u00edvio este amor que \u00e9 bastante,<\/p>

Amor que n\u00e3o espera<\/p><\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t

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Pra mim tuas palavras bastam<\/p>

Teu cheiro basta<\/p>

Teu corpo basta<\/p>

E a mim n\u00e3o me basta pouco<\/p>

Porque sou uma \u00e9gua agreste e apaixonada<\/p>

Meu cora\u00e7\u00e3o \u00e9 uma materia sem cobertura<\/p>

Massa de sentimento sem lacre<\/p>

Que vens a revestir com tua l\u00edrica forma<\/p>

\u00danica que o aquece,<\/p>

Teu amor envolveu meu cora\u00e7\u00e3o e o fechou com uma chave<\/p>

Que ganhaste\u00a0 no c\u00e9u<\/p>

No dia em nossas almas nasceram<\/p>

No fundo, meu cego e desprotegido cora\u00e7\u00e3o estava sempre esperando<\/p>

Mas s\u00f3 voc\u00ea o tomou nas m\u00e3os e o beijou<\/p>

Meu \u00fanico homem.<\/p>

Como beija meus p\u00e9s, minhas m\u00e3os e minha alma<\/p>

E somente tua boca poderia alcan\u00e7\u00e1-los<\/p>

E como me amansas recostando teu rosto<\/p>

Invadindo o espa\u00e7o em que repouso,<\/p>

Para respirarmos ternura<\/p>

Como um bicho<\/p>

E alimenta-me com a poesia de tuas palavras<\/p>

Sexo torvador<\/p>

Me entendes, amor,<\/p>

Como humano<\/p>

Mas ainda assim somos dois cavalos selvagens<\/p>

S\u00e1bios cavalos de bravura<\/p>

Com este amor doce e gratuito<\/p>

Com esta loucura indomada<\/p>

Que acalentamos com temperan\u00e7a e aceita\u00e7\u00e3o<\/p>

Tu \u00e9s minha\u00e9gide<\/p>

Meu macho , Meu inv\u00f3lucro<\/p>

E se contemplas o espa\u00e7o em que sobro<\/p>

Entender\u00e1s que somos somente candura<\/p>

A pureza da f\u00e9 que torna o eterno o poder de forj\u00e1-lo<\/p>

Como um futuro que se constr\u00f3i pela for\u00e7a da certeza que dele se tem<\/p>

F\u00e9 que surge do pertencimento<\/p>

Que sentimos como que por natureza<\/p>

Somos forma e conte\u00fado<\/p>

Mestres e disc\u00edpulos<\/p>

Pai e m\u00e3e e filhos<\/p>

Tempestade e abrigo<\/p>

Tu \u00e9s o leito em que quero repousar todas a noites<\/p>

Guardi\u00e3o do meu sono e dos meus sonhos<\/p>

Ladr\u00e3o eterno e incompar\u00e1vel de todas as\u00a0 minhas car\u00edcias.<\/p>

Dono de todo meu desejo.<\/p>

Meu.<\/p><\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t

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Abro meu peito, se acomoda<\/p>

Ele \u00e9 teu, neste id\u00edlio, desde nascida<\/p>

E ent\u00e3o completa a roda<\/p>

Desta dan\u00e7a, que chamamos vida<\/p>

Assuma com desvelo ditoso<\/p>

Pois este \u00e9 seu ber\u00e7o, seu posto<\/p>

E sendo assim, guardi\u00e3o cauteloso<\/p>

Trar\u00e1s honra \u00e0 sua casa, seu repouso<\/p>

De mim ter\u00e1 o sangue quente<\/p>

Te aquecendo a pele, te acolhendo o riso<\/p>

E ainda que por formas indeciso<\/p>

Nunca ter\u00e1 d\u00favidas de que \u00e9 amor a mat\u00e9ria que sente<\/p>

E mesmo que por letras revele-se insano<\/p>

Te prometo que palpitar\u00e1 meu cora\u00e7\u00e3o sempre<\/p>

Com a sinfonia que o amor apresente<\/p>

A cada bom dia dizendo Te Amo.\u00a0\u00a0<\/p><\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t

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Achei que era amor<\/p>

Eram cartas de amor<\/p>

Era intensidade de amor<\/p>

Era verdade de amor<\/p>

Mas no final era somente um sonho de amor<\/p>

Sonho como muitos daqueles de quem s\u00f3 sabe viver na imagina\u00e7\u00e3o<\/p>

Queria que me amasse como quem tenta compreender<\/p>

Que me amasse como quem tende a gostar do que v\u00ea<\/p>

Que me amasse como quem tende a amar<\/p>

Mas n\u00e3o ama o presente quem vive do passado.<\/p>

Quem vive da fantasia, quem vive no mundo dos doces sonhos azuis<\/p>

E como se a imagina\u00e7\u00e3o n\u00e3o fosse bastante, para transformar as pedras da vida em degraus, insignific\u00e2ncias, m\u00e3os dadas<\/p>

Sobrou uma coisa, da pregui\u00e7a imaginada, pura e simples t\u00e3o sonhada, mas que \u00e9 teimosa<\/p>

A ilus\u00e3o dos sonhos irrealiz\u00e1veis<\/p>

E a infelicidade de quem nega a imagina\u00e7\u00e3o que tem vida.<\/p><\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t

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Amigos de alma<\/p>

Conversa comigo<\/p>

Porque pude te dizer todas as coisas que queria que parecesse<\/p>

E no fim<\/p>

Ouvi de ti apenas o que disse nas entrelinhas<\/p>

E conversamos verdades por entrelinhas<\/p>

Embora quis\u00e9ssemos que parecesse<\/p>

Mas aquelas eram linhas t\u00e3o mais t\u00eanues<\/p>

Que falavas no sil\u00eancio<\/p>

Que escapava quando outra coisa tentava esconder<\/p>

Mas eu te amo mesmo assim<\/p>

Alias<\/p>

Te amo, te amo bem assim.<\/p>

Meu amigo.<\/p><\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t

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Hoje<\/p>

Eu s\u00f3 quero um afago terno<\/p>

Um la\u00e7o novo<\/p>

Um pouquinho mais<\/p>

Hoje eu s\u00f3 quero uma verdade calada<\/p>

Uma mentira alada<\/p>

E um pouquinho mais<\/p>

Quero ter voc\u00ea no meu pensamento<\/p>

Leve<\/p>

E de vez em quando<\/p>

Voc\u00ea um pouquinho mais<\/p>

At\u00e9 que se torne meu<\/p>

Um pouquinho em mim.<\/p><\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t

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Se queres ser delicadeza<\/p>

Baila menina<\/p>

Era tua for\u00e7a que estava gritando<\/p>

Envolve serena esta espada<\/p>

E tece com ela<\/p>

O fio da tua vida<\/p>

Mas doce<\/p>

Baila delicada<\/p>

Acolhe tua sorte em teu sorriso<\/p>

Que baila elevado<\/p>

Ilustre sorriso<\/p>

Batalha tuas guerras<\/p>

Mas permite<\/p>

Com brandura<\/p>

Seguir sorrindo<\/p>

E Baila menina<\/p>

Delicada<\/p>

E erguendo-se firme na ponta dos p\u00e9s<\/p>

Enche o mundo de ternura<\/p><\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t

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Aqui estou s\u00f3<\/p>

Tristezas<\/p>

Carrego todas<\/p>

As minhas e as tuas<\/p>

Se quer saber bem quem eu sou<\/p>

Cante a sinfonia do covarde<\/p>

Sinto que ando na corda bamba<\/p>

No limite entre o c\u00e9u e o inferno<\/p>

A um passo de fazer certo<\/p>

Mas passo n\u00e3o dado \u00e9 n\u00e3o passo<\/p>

Sinto que sei do que posso<\/p>

Mas penso e passo<\/p>

O passo<\/p>

Deixo pra depois<\/p>

E enquanto o tempo passa<\/p>

penso<\/p>

Se dou passo avante<\/p>

Ou se passo adiante<\/p><\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t

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Hoje meus rastros fizeram sentido<\/p>

E meus passos fizeram barulho<\/p>

N\u00e3o que n\u00e3o o fizessem<\/p>

Mas hoje a tarde estava particularmente quieta<\/p>

N\u00e3o me sinto grande nem pequeno<\/p>

Apenas interno<\/p>

Inteiro<\/p>

Ando por entre este asfalto e ou\u00e7o a sinfonia do meu sapato soar<\/p>

Parece que hoje n\u00e3o h\u00e1 vento<\/p>

Nem passageiros<\/p>

Somente meu carro segue a sorte por estas vias<\/p>

E sou o que retorna estrangeiro<\/p>

A este mundo onde sempre vivi<\/p><\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t

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Vieste dos campos frios<\/p>

Da mesa espa\u00e7osa dos insanos<\/p>

Filosofa errante na mesa dos insanos<\/p>

E l\u00e1, s\u00f3 l\u00e1 \u00e9 que esse encontro<\/p>

Que nem sequer pensamos<\/p>

Caiu em minha vida<\/p>

Que peda\u00e7os carrega dos meus sonhos?<\/p>

Irm\u00e3s n\u00e3o trazem sonhos<\/p>

Hermana<\/p>

Mas ajudam a sustentar o nosso sono<\/p>

E assim, ainda que distante ha um tempo<\/p>

\u00c9 t\u00e3o proximo alento<\/p>

E se a vida se constroi de tijolos<\/p>

\u00c9 parte do cimento<\/p>

Das minhas recorda\u00e7\u00f5es<\/p>

Retratos na parede<\/p>

Muitos risos derramados<\/p>

Escorridos<\/p>

Derretemos em rir (tche do ceu)<\/p>

Desaguei a chorar<\/p>

E no tempo que me contrariava<\/p>

Ainda quando lagrimas eu restava<\/p>

Proclamavas tua sinceridade<\/p>

Diante da minha entrega<\/p><\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t

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Acordo outra vez incessante<\/p>

Com meu riso tragando o ar<\/p>

E relembro aquelas vezes que rimos juntos<\/p>

Sofregos risos pr\u00f3ximos do fim<\/p>

Quando me aplaudia seu \u00e9ter esvoa\u00e7ando sobre meu corpo<\/p>

Enquanto sedenta de tua pele me apresentava nua<\/p>

Nua de todos meus por\u00e9ns<\/p>

Mas que, t\u00e3o logo sua aus\u00eancia, se alicer\u00e7avam novamente em meus p\u00e9s como uma ancora<\/p>

Distante a tua presen\u00e7a<\/p>

Distante o teu aplauso<\/p>

Ap\u00f3s o abandono da certeza que o deleite me apresentava t\u00e3o doce<\/p>

Mas basta um sinal seu, marinheiro<\/p>

E estarei eu a postos neste mar, barco errante<\/p>

Livre de minhas ancoras<\/p>

Esperando com a indel\u00e9vel certeza do seu amor.<\/p>

Que sim, sempre tive, n\u00e3o h\u00e1 duvidas<\/p>

E aquelas \u00e2ncoras, imagin\u00e1rio long\u00edquo<\/p>

Por pouco n\u00e3o abandonado por inexistente<\/p>

De uma tristeza que passou por mim e da qual apenas me recordo pela vaga lembran\u00e7a\u00a0<\/p>

Dos inapag\u00e1veis momentos sem voce.<\/p><\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t

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N\u00e3o tenho medo<\/p>

Mentira<\/p>

E era apenas uma crian\u00e7a<\/p>

Aqui<\/p>

Perdida<\/p>

Que ditava todo o meu compasso<\/p>

Hoje eu nasci de novo<\/p>

Como se nasce todos os dias<\/p>

Mas me dei conta<\/p>

E sou outra<\/p>

Como uma crian\u00e7a que cresceu e ficou grande e nem se viu<\/p>

Porque os dias foram simplesmente passando<\/p>

Hoje tenho uma carne fraca<\/p>

Mas uma mente forte<\/p>

Os meus defeitos<\/p>

Continuam todos presentes<\/p>

Mas sei onde est\u00e3o<\/p><\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t

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Foi ontem<\/p>

Que berravam na janela certas cores<\/p>

Mas eu n\u00e3o queria ver<\/p>

Saltavam aos meus olhos luzes<\/p>

E no meu canto s\u00f3<\/p>

Fui me tornando um vaga-lume<\/p>

Sustentado pela pr\u00f3pria luz<\/p>

E andava pelo mundo enfeitando a noite<\/p>

Provendo tudo com minha eloquente ilustra\u00e7\u00e3o<\/p>

Com meu canto de cigarra<\/p>

Doce e melanc\u00f3lico<\/p>

Mas denso e profundo<\/p>

Necess\u00e1rio<\/p>

Ent\u00e3o veio voc\u00ea, vi\u00e7o quente<\/p>

E me deu a m\u00e3o<\/p>

E ficamos de m\u00e3os dadas por um tempo<\/p>

E ent\u00e3o todo um mundo apareceu na minha frente<\/p>

Outras tantas coisas da vida<\/p>

Tantas outras lindas cores<\/p>

Que a mim, de s\u00fabito, tornaram-se pertencentes<\/p>

E eu,<\/p>

Um mero vaga-lume<\/p>

Tornei-me estrangeiro<\/p>

Onde est\u00e1 meu canto\u00bf<\/p>

Perguntou a cigarra<\/p>

E nem havia espelho para me lembrar de minha pr\u00f3pria luz<\/p>

Acordei s\u00f3<\/p>

Num mundo completo<\/p>

Cheio de pessoas<\/p>

Procurando a sua aquecida m\u00e3o no ar vazio desta gal\u00e1xia t\u00e3o grande e espa\u00e7osa<\/p>

Onde este fr\u00e1gil e destemido vaga-lume veio a habitar<\/p>

Lembro-me, tenho luz, e canto<\/p>

E que a cada dia, mais quanto, menos pranto<\/p>

Nem tanto menos<\/p>

Mas mais canto<\/p>

Cada dia mais canto<\/p>

Desta cigarra chorosa<\/p>

D\u00e1-me o vi\u00e7o quente e gratuito que ele \u00e9 meu manto<\/p>

D\u00e1-me o vi\u00e7o que, com teu calor, de vaga-lume posso me tornar sol.<\/p><\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t

\n\t\t\t\t\t
\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t<\/i>\n\t\t\t\t\t\t\t\t<\/i>\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t<\/span>\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\tPeda\u00e7os que sou eu<\/a>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t

Se sei algo de mim<\/p>

\u00c9 a dor que me corr\u00f3i por dentro<\/p>

O excesso de pensamento que me confunde<\/p>

A incompreens\u00e3o sobre as coisas do amor<\/p>

A tentativa de fazer acontecer<\/p>

Se sei algo de mim<\/p>

Que me prove o contr\u00e1rio a vida<\/p>

Mas acredito que a morte morrida<\/p>

\u00c9 daquilo que nunca se viveu<\/p>

No mais<\/p>

Sobram peda\u00e7os<\/p>

Que sou eu<\/p><\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t

\n\t\t\t\t\t
\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t<\/i>\n\t\t\t\t\t\t\t\t<\/i>\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t<\/span>\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\tTempestade<\/a>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t

Que sinto por ti<\/p>

Sen\u00e3o a densidade de caminhar<\/p>

novamente por este rio<\/p>

cuja margem conhe\u00e7o<\/p>

deveras<\/p>

e cujo leito me incitas a navegar<\/p>

mas que pedras cont\u00e9m este fundo que te sustenta?<\/p>

Inspira-me o conforto que em tuas \u00e1guas calmas me aquece<\/p>

A for\u00e7a com que assenta minha tempestade<\/p>

Que pedia brisa e chuvisco<\/p>

Mas se tornou seca<\/p>

Chama sol de novo a tempestade<\/p>

Que por j\u00e1 ter ido vem outra<\/p>

Mais impetuosa e mais salgada<\/p>

Pela \u00e1gua do mar<\/p>

Mas vem desejando-te rio<\/p>

sem tuas pedras<\/p>

por onde escorre meu furor<\/p>

e fica<\/p>

impregnado de dor.<\/p><\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t

\n\t\t\t\t\t
\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t<\/i>\n\t\t\t\t\t\t\t\t<\/i>\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t<\/span>\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\tAnjo<\/a>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t

Ainda que eu fosse um anjo<\/p>

Tal seria minha coragem de ser humano<\/p>

Revoltas repassadas em meu quarto<\/p>

Sorrisos soturnos aprisionados no meu sono<\/p>

Quadrados cortados milimetricamente<\/p>

Desejos guardados encaixotados<\/p>

Seria sorte de ser um anjo<\/p>

Que n\u00e3o guarda<\/p>

Que enfrenta a pr\u00f3pria humanidade<\/p>

D\u00e1-me coragem de ser humano<\/p>

Liberto do medo do desprender das seguran\u00e7as<\/p>

Liberto da rede que tenho<\/p>

Do que nem sei se desejo<\/p>

Se \u00e9 desejo de sorte que vem da<\/p>

Institui\u00e7\u00e3o que sobra do medo<\/p><\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t

\n\t\t\t\t\t
\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t<\/i>\n\t\t\t\t\t\t\t\t<\/i>\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t<\/span>\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\tAquilo que penso<\/a>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t

Aquilo que penso<\/p>

D\u00e1-me o que n\u00e3o posso saber<\/p>

Quanto mais convicto.<\/p><\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t

\n\t\t\t\t\t
\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t<\/i>\n\t\t\t\t\t\t\t\t<\/i>\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t<\/span>\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\tInfantaria<\/a>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t

Conhe\u00e7o de mim a fronte,<\/p>

Que enfrenta.<\/p>

A infantaria.<\/p>

Conhe\u00e7o de mim a defesa,<\/p>

Que faz forte.<\/p>

O que devo ser.<\/p>

O medo que torna o meigo vergonhoso.<\/p>

\u00c9 a minha hist\u00f3ria (gera\u00e7\u00e3o e mem\u00f3ria)<\/p>

Conhe\u00e7o de mim o que vi<\/p>

A que sou apta<\/p>

E n\u00e3o gosto tudo.<\/p>

Conhe\u00e7o de mim o que ama porque \u00e9 forte<\/p>

O que defende.<\/p>

Que \u00e9 por fora.<\/p>

Mas conhe\u00e7o o que busco<\/p>

A fr\u00e1gil e meiga<\/p>

A m\u00e3e<\/p>

Que cuida<\/p>

E \u00e9 forte porque ama.<\/p>

Conhe\u00e7o de mim a revolta<\/p>

Sufocada por amor.<\/p>

Criada. (como todos meus s\u00edmbolos)<\/p>

A culpa pelo pensamento<\/p>

Conhe\u00e7o de mim a ang\u00fastia<\/p>

Das horas em que \u201cconhe\u00e7o\u201d mais do que suporto.<\/p>

Por dentro.<\/p>

Conhe\u00e7o de mim a vontade da mulher<\/p>

(que n\u00e3o existe), (amada como tal)<\/p>

Conhe\u00e7o de mim o que busco<\/p>

Porque n\u00e3o tenho e sonho<\/p>

E por isso \u00e9 bom.<\/p><\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t

\n\t\t\t\t\t
\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t<\/i>\n\t\t\t\t\t\t\t\t<\/i>\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t<\/span>\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\u00c9<\/a>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t

Ainda que forte, errante<\/p>

Ainda que brusco, tocante<\/p>

Ainda que insano, real.<\/p>

Amor.<\/p><\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t

\n\t\t\t\t\t
\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t<\/i>\n\t\t\t\t\t\t\t\t<\/i>\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t<\/span>\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\tDias<\/a>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t

Conheci de novo<\/p>

E nem sei se queria tanto<\/p>

Mas a tua aus\u00eancia me deixou vazia<\/p>

Me trouxe o medo<\/p>

Me deixou sombria<\/p>

Queria apenas tua presen\u00e7a<\/p>

Aqui todo dia<\/p>

Mas n\u00e3o sei viver de adulto<\/p>

N\u00e3o sei<\/p>

Mas como eu queria<\/p>

O que fa\u00e7o, hoje<\/p>

Se n\u00e3o vens?<\/p>

Escorro meus lamentos e me entrego a ti<\/p>

Inteiramente<\/p>

Toda minha inseguran\u00e7a<\/p>

Queria poder gritar<\/p>

e arrancar essa dor de mim como uma morte<\/p>

mas no fundo<\/p>

me sobra a angustia<\/p>

tenho as armas ao meu lado<\/p>

mas meu medo me consome<\/p>

me mata<\/p>

mata minha vida<\/p>

corroi minhas armas<\/p>

me denuncia<\/p>

e sou ainda a triste Irma solit\u00e1ria<\/p>

que sempre tem tudo e ainda n\u00e3o tem o amor<\/p>

corro por dentro de mim<\/p>

no meu tempo sempre adiantado<\/p>

e analiso tudo<\/p>

com estes meus olhos errados<\/p>

errados?<\/p>

As vezes s\u00e3o<\/p>

Mas eles sempre me trazem a resposta buscada<\/p>

Como se fosse premoni\u00e7\u00e3o<\/p>

E no fundo \u00e9 s\u00f3 um presente<\/p>

Deste meu medo que impera<\/p>

Deste meu medo que age<\/p>

Deste meu medo que sente por mim<\/p>

Que vive por mim<\/p>

Que ama por mim<\/p>

Antes de eu mesma saber o que comp\u00f5e este amor<\/p>

Queria olhar para os seus olhos completa<\/p>

Quente<\/p>

Terna<\/p>

Como aquele dia de sol na varanda<\/p>

Como aquelas horas de silencio…<\/p>

T\u00e3o contentes<\/p>

Queria voltar \u00e0queles dias em que n\u00e3o conhecia o meu medo<\/p>

Em que n\u00e3o conhecia este peda\u00e7o de mim que tenho nestas horas<\/p>

E que n\u00e3o sabes que depois se vai<\/p>

Se me aqueces<\/p>

Queria te amar todo o tempo<\/p>

Como amo ate cansar<\/p>

E o meu louco desejo \u00e9 que esse cansa\u00e7o n\u00e3o chegue jamais<\/p>

Mas ele sempre chega<\/p>

Porque sou sempre antes<\/p>

Tempo<\/p>

Quem te controla ansiedade?<\/p>

Quem controla o meu lamento<\/p>

O meu medo<\/p>

Quem?<\/p>

A sorte?\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0<\/p><\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t

\n\t\t\t\t\t
\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t<\/i>\n\t\t\t\t\t\t\t\t<\/i>\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t<\/span>\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\tDias<\/a>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t

Conheci de novo<\/p>

E nem sei se queria tanto<\/p>

Mas a tua aus\u00eancia me deixou vazia<\/p>

Me trouxe o medo<\/p>

Me deixou sombria<\/p>

Queria apenas tua presen\u00e7a<\/p>

Aqui todo dia<\/p>

Mas n\u00e3o sei viver de adulto<\/p>

N\u00e3o sei<\/p>

Mas como eu queria<\/p>

O que fa\u00e7o, hoje<\/p>

Se n\u00e3o vens?<\/p>

Escorro meus lamentos e me entrego a ti<\/p>

Inteiramente<\/p>

Toda minha inseguran\u00e7a<\/p>

Queria poder gritar<\/p>

e arrancar essa dor de mim como uma morte<\/p>

mas no fundo<\/p>

me sobra a angustia<\/p>

tenho as armas ao meu lado<\/p>

mas meu medo me consome<\/p>

me mata<\/p>

mata minha vida<\/p>

corroi minhas armas<\/p>

me denuncia<\/p>

e sou ainda a triste Irma solit\u00e1ria<\/p>

que sempre tem tudo e ainda n\u00e3o tem o amor<\/p>

corro por dentro de mim<\/p>

no meu tempo sempre adiantado<\/p>

e analiso tudo<\/p>

com estes meus olhos errados<\/p>

errados?<\/p>

As vezes s\u00e3o<\/p>

Mas eles sempre me trazem a resposta buscada<\/p>

Como se fosse premoni\u00e7\u00e3o<\/p>

E no fundo \u00e9 s\u00f3 um presente<\/p>

Deste meu medo que impera<\/p>

Deste meu medo que age<\/p>

Deste meu medo que sente por mim<\/p>

Que vive por mim<\/p>

Que ama por mim<\/p>

Antes de eu mesma saber o que comp\u00f5e este amor<\/p>

Queria olhar para os seus olhos completa<\/p>

Quente<\/p>

Terna<\/p>

Como aquele dia de sol na varanda<\/p>

Como aquelas horas de silencio…<\/p>

T\u00e3o contentes<\/p>

Queria voltar \u00e0queles dias em que n\u00e3o conhecia o meu medo<\/p>

Em que n\u00e3o conhecia este peda\u00e7o de mim que tenho nestas horas<\/p>

E que n\u00e3o sabes que depois se vai<\/p>

Se me aqueces<\/p>

Queria te amar todo o tempo<\/p>

Como amo ate cansar<\/p>

E o meu louco desejo \u00e9 que esse cansa\u00e7o n\u00e3o chegue jamais<\/p>

Mas ele sempre chega<\/p>

Porque sou sempre antes<\/p>

Tempo<\/p>

Quem te controla ansiedade?<\/p>

Quem controla o meu lamento<\/p>

O meu medo<\/p>

Quem?<\/p>

A sorte?\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0<\/p><\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/section>\n\t\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Caminho s\u00f3 Vai a tarde Sozinho converso Ou\u00e7o a \u00e1gua, quero chuva Vou ao po\u00e7o E de l\u00e1 sai cristalina E o meu interlocutor que chora Porque ele \u00e9 fundo Caminho s\u00f3 pelas fabulas Que me contaram Pelos sonhos que constru\u00ed delas Caminho s\u00f3 porque para ti as palavras dizem outras coisas N\u00e3o tem vern\u00e1culo… <\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"parent":0,"menu_order":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","template":"elementor_canvas","meta":{"footnotes":""},"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/atinaliteratura.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/pages\/111"}],"collection":[{"href":"https:\/\/atinaliteratura.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/pages"}],"about":[{"href":"https:\/\/atinaliteratura.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/page"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/atinaliteratura.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/atinaliteratura.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=111"}],"version-history":[{"count":64,"href":"https:\/\/atinaliteratura.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/pages\/111\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":1096,"href":"https:\/\/atinaliteratura.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/pages\/111\/revisions\/1096"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/atinaliteratura.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=111"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}